Dei por mim num momento horrível da minha vida em que nada me
motivava e em que me sentia sem vontade para fazer nada. Não vou dizer que é
uma fase normal, porque se é, eu não aceito que seja. Para mim, tenho que estar
sempre motivada e sempre pronta para fazer tudo o que eu quiser e o que me for
pedido. Já só tinha mais um post agendado no blog e não sabia porque estava a deixar tudo descambar. Até que me apercebi que as coisas tinham que mudar.
Compra algo que (não)
precisas. Esta talvez seja a menos importante mas há sempre alguma coisa que queremos comprar e que sabemos que não
precisamos. Mas neste caso, nós precisamos. Sabemos que é uma compra que mesmo que não
precisemos de investir dinheiro nela, pode vir a ajudar no nosso estado de espírito.
Por exemplo, eu compro sempre imenso material escolar, e começo a achar desnecessário comprar mais, fui ao continente e vi uma capa bonita, pensei que não precisava mas ao comprar, não sei porque me fez sentir tão YESS, mas percebi que há sempre coisas novas a estrear e coisas que mesmo eu pensava que
não precisava, deram um boost.
Passeia, mesmo que
não tenhas vontade. Obriga o teu corpo a sair da cama ou do sofá para ires
onde quer que seja, nem que te obrigues a dar a volta ao quarteirão. No meu
caso, eu tinha uma consulta marcada para sexta e não queria sair de casa, apetecia-me
ficar em casa a ver séries ou simplesmente a passear pela internet. Mas sair de
casa fez-me ver sítios bonitos, tirar fotos, ganhar vontade de passear mais e
mais e esquecer o porquê de eu não querer ter saído da cama em primeiro lugar.
Percebe a causa da
falta de motivação. Aconteceu alguma coisa que te fez ficar em baixo?
Alguma coisa que mudou as tuas vontades repentinamente? Alguém te disse alguma
coisa menos boa? Disseste alguma coisa menos boa a alguém? Alguém te desiludiu?
Sentes-te mal com alguém? Há tanta coisa que pode ser “a causa”, sem que no
momento não tenha importância e depois vêm-nos a afetar de dia para dia. Ou
algo que já identificamos mesmo como uma causa para ficarmos sem motivação.
Perceber é essencial para resolver.
Dá para resolver?
Resolve. Não dá? Não penses mais nisso. As coisas são mais fáceis do que
parecem. E nem sempre o “falar é mais fácil que fazer” é aplicável. Não podem
pensar isso ao ler isto porque eu fi-lo. Encontrei a causa ou, no meu caso, as
causas, e resolvi as que davam para resolver. Encontrei umas que não havia
maneira de contornar e pensei “de que me adianta estar a pensar nisto?”, são só
pensamentos negativos que, mais uma vez, não vão mudar nada. Se não dá para
resolver, só estamos a gastar energia com coisas que não são necessárias, em
vez de gastarmos no que realmente importa.
Fala. No
corrimento dos pontos anteriores, falar é importante. Eu não o queria fazer,
mas acabava por acontecer quando me queixava das coisas durante as viagens com
o Hugo. Inconscientemente, estava a descarregar tudo aquilo que me fazia mal e
tudo aquilo que me atormentava. Claro que não chegava, porque, lá está, não
tinha consciência que o estava a fazer. Mas a
Joana estava preocupada
comigo e conseguiu com que eu falasse com ela de uma das coisas que me
preocupava e senti-me mais leve, não só por falar, mas também por ouvir os
conselhos que ela me deu. Por vezes as pessoas têm coisas fantásticas para nos dizer
mas, como não queremos falar, não as ouvimos.
Ouve músicas antigas.
Ouvir músicas antigas faz-me sempre querer cantar e cantar as letras que
todos sabemos de cor, pura e simplesmente por serem antigas e talvez nos tragam
recordações boas! Se vocês não estão no mood
para aquelas músicas R&B do Ne-Yo, do Usher, o que quer que seja, ouçam
as que vos fazem sentir bem e que vos puxem para cantarem. Se não são músicas
mexidas, que sejam as lentas! Mas não se deixem abalar.
Pensa na próxima
coisa que queres que aconteça. Pensar em eventos próximos com os quais
estamos entusiasmados também ajuda e muito. Lembrarmo-nos que depois da
tempestade toda passar, aquela coisa vai chegar é tão bom! No meu caso, tenho um
evento de 8 a 11 de dezembro, o congresso da APAVT. Fico entusiasmada porque
vamos para Aveiro, o Hugo vem comigo, vamos dividir um quarto, passear por
outros ares e participar num congresso da nossa área. Ouvir e conhecer
profissionais que nos possam inspirar.
Começa pelo que custa
menos. Em termos de escola/faculdade. Têm muitos testes e trabalhos para
entregar? Pensem no que mais vos interessa e façam-no. Pensem na disciplina que
vos fascina mais e estudem-na. E se nada disto vos fascina, porque não ler um
pouquinho do que se trata? Talvez vos suscite interesse. No meu caso, tenho um
trabalho para entregar dia 22 sobre Literatura de Viagens. No início achei o
tema tãããão desinteressante, mas assim que comecei a ler um pouco sobre isso e
a conhecer mais o tema e o que o envolvia, e tive vontade de o começar
imediatamente. Por vezes é só a nossa mente que, como tudo tem estado tão
aborrecido, à partida é só mais alguma coisa sem interesse nenhum. Mas
enganamo-nos muitas vezes.
Faz algo que
realmente gostes e que realmente te interessa. O que te desmotiva é a
escola? A faculdade? O trabalho? Basicamente: a tua obrigação? Porque não
fazeres o teu hobbie então? Desligar um pouco das responsabilidades e fazer o
que mais gostamos para nos relembrarmos que a vida nem sempre é aborrecida, que
há mais para além do obrigatório e do que nos deixa em baixo. Umas horas não
fazem mal a ninguém! Eu parei de fazer os meus trabalhos para escrever posts
para o blog porque simplesmente me alegram mais e já estou com vontade de
voltar ao trabalho porque simplesmente já me “diverti” um pouco, já desliguei
do que me aborrecia, e já tenho motivação de novo. É como recarregar energias.
(Re)lembra-te porque
começaste. Não penses em desistir só porque algo está a correr mal. Já
pensaste em tudo o que fizeste até agora? E porque foi isso? Porque nos importávamos!
Porque queríamos! Porque nos interessava! Pelo que quer que seja. Devemos sempre
lembrarmo-nos do que nos fez começar. Se na altura fazia sentido, agora também
pode fazer, é só lembrarmo-nos das coisas positivas. E, também, é importante
saber porque queremos acabar. Estás com falta de motivação para as tuas “obrigações”,
mas lembra-te do que concluir o quanto antes te vai trazer. Exatamente! O que queríamos
no primeiro lugar.